Nada que os outros possam desvendar

Eu estou dormindo para fugir da noite que eu não vejo o amanhecer.
O dia ainda esta escuro, porém eu já venho a enlouquecer.
Se é tem cura, por medo, não buscarei
Talvez eu esteja perdendo a razão
Mas falando sobriamente, essas coisas nunca direi
Admito, reconheço não estar bem
Sendo uma refém
Refém de mim própria
Presa dentro de minhas ideias
Pois quando a música toca
Ela parece ser minha e de mais ninguém.
Egoísmo sem fim
Enraizou dentro de mim e parece ficar.
Você pode não entender,
você pode não querer entender,
mas vê.
Nunca duvidei da capacidade dos demais
Por que são inteligentes quando querem,
As vezes, de fato inútil, mas vê.
E se os olhos não veem, o coração sente.
Seres inteligentes,
Não usam a capacidade que lhes foi presenteada.
Esperava que entendessem que passo dias no meu quarto
esperando tentando entender vocês também.
Entretanto, não é nada além de um sentimento
Onde ninguém vai me encontrar
Pelos motivos que ainda tento decifrar.
Rimas só saem assim
Pelo menos de mim, é durante o sofrimento e o medo.
E talvez um dia, eu pare de escrever
Talvez, você vai lembrar e ler tudo que escrevi
Pois escrevi o que vivi, o que passei e o que talvez amanhã serei.
Meu coração acelera e não é de amor
Não é de alegria
É de dor, de doença...
Minha cabeça dói, a ponto de explodir,
pois esses pensamentos parecem me consumir
São ideias, são códigos, jamais descobertos,
jamais desvendados, jamais por outros vivenciados
Pra tudo tem solução, mas pro meu caso, remédios não.
Não mais.
Ele não curam dor de depressão.
Ao menos pra mim, meu poema é arte, e escrevo a arte da minha vida.
Coisas que vivi, viverei e que sempre terei guardada em minha gaveta.
Não quero cura, somente explicação.
E se você não pode explicar, de que adianta reclamar?
Falar, ofender com teorias, algo que vai além da sua capacidade mental?
Porque tenta entende um ser diferente de você?
São tantas esperanças, não é?
Inveja ou medo de um louco?
Eu sou, mas sem drogas, cigarros, bebidas ou ilusões
Apenas escrevo.

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