Vinhedo

Virei a garrafa.
A dor foi demais.
Gelada, depois ficou quente
Saiu rasgando tudo
Fingindo que curava.
O pranto fica impedido por alguns segundos
A poesia, a música, você...
Descobri que faz mais parte de mim
do que eu mesma.
Em todos os lugares
E eu mal te conheço.
Saio te procurando com um copo na mão
A estrada é meu único caminho
E minha única saída
Mas a razão...
A razão me impede de fazer o que eu sonho
E não há quem me diga pra lutar.
Eu busquei a morte pra te encontrar no céu
E tudo que eu vi foi escuridão
Ainda houve compreensão
Pedidos, clamores
Mas eu quis voar pra te encontrar.
Maldição.
Perdi até a mim.
Quem eu era, pensando em ti
Procurando você em uma esquina qualquer.
Com uma garrafa na mão eu adormeço
Me preparando para mais um dia igual.
Sem nada, ninguém, nem ar.
Apenas dores e nostalgia que não existia há 4 anos e duas vidas atrás.

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